"O que é de verdade ninguém mais hoje liga: isso é coisa da antiga" - Ney Lopes e Wilson Moreira

Elsa (Frozen) ♥

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

COMO ASSIM??? MPB FM sairá do ar a partir da meia-noite desta quarta-feira


Uma notícia nada agradável surpreendeu os ouvintes da rádio MPB FM: a emissora que ocupa a frequência 90,3 encerra suas atividades a partir da meia-noite desta quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017. Todos os seus funcionários foram demitidos na tarde de hoje (31/01), sem aviso prévio e a programação foi executada de forma automática, sem locuções ou despedidas. O Palco MPB comandado por Fernando Mansur foi um dos programas mais conhecidos da rádio no qual os artistas se apresentavam e conversavam com o apresentador. Internautas e artistas lamentam o fim da emissora radiofônica pelas redes sociais. A frequência será ocupada pela Band News que também permanecerá transmitindo pelo 94,9, emissora do Grupo Bandeirantes, o mesmo da MPB FM.
Pela sua página no Facebook, a rádio MPB FM postou uma mensagem sobre o assunto:

"Por uma decisão estratégica do Grupo Bandeirantes, o conteúdo da rádio BandNews Fluminense FM 94.9 passa a ser transmitido a partir de amanhã (01/02) também em FM 90.3, atual frequência da MPB FM. A programação da rádio que toca exclusivamente música popular brasileira continuará sendo transmitida online no aplicativo Band Rádios para smartphones e na web no site mpbfm.com.br, ficando assim ainda mais acessível para o seu público fiel."



Uma pena. Eu catarinense gostava muito de ouvir também o programa Samba Social Clube que passava aos sábados e aos domingos, sempre do meio-dia às 14 horas. O último programa que eu ouvi foi neste sábado com a participação da cantora Dorina no quadro "Camarote do Samba" com Carlinhos de Jesus no qual ela promoveu algumas faixas de seu mais recente CD "Sambas de Aldir e Ouvir", um álbum em tributo ao compositor Aldir Blanc que completou 70 anos em 2016.
 MPB FM é apreciada não só pelos cariocas através dos aparelhos de rádio, mas também pelos ouvintes do resto do Brasil e do mundo pela web ou pelo aplicativo . O que resta para os fãs é molhar o lencinho.

Mais detalhes, acesse:
Jornal O Globo

sábado, 28 de janeiro de 2017

Os 38 anos da novela "Pai Herói"

Uma nostalgia em forma de novela.

"Pai Herói" pra mim é uma novela inédita. Afinal ela estreou no dia 29 de janeiro de 1979 (e foi até o dia 17 de agosto) e eu só vim ao mundo 3 anos mais tarde. E agora surgiu uma oportunidade de vê-la no Canal Viva 😊 e engrossa a lista das poucas novelas que eu tenho prazer e vontade de acompanhar, além de "A Gata Comeu" que também é reprisada no Viva.

Quem é o pai? Imagem paterna foi a peça que faltava no quebra-cabeças da abertura inesquecível.

André (Tony Ramos) e Carina (Elizabeth Savalla): o primeiro casal de novela com torcida



I will survive! A bailarina Carina Limeira Brandão (Elizabeth Savalla), conhecida pelo seu comportamento feminista, luta contra a opressão do marido César (Carlos Zara) e o conservadorismo da avó Januária (Lélia Abramo).


Em uma época sem internet e TV por assinatura, "Pai Herói" monopolizou a atenção dos telespectadores no horário das 20 horas. Não foi à toa que a saudosa Janete Clair (1925-1983), a autora, foi apelidada carinhosamente de "maga das oito" por garantir índices estratosféricos de audiência nas suas telenovelas exibidas no horário. A busca do jovem André (Tony Ramos) pela verdadeira identidade do falecido pai apontado como bandido e o romance entre o rapaz e a bailarina de personalidade feminista Carina (Elizabeth Savalla) foram os principais motivos que fizeram com que a novela prendesse o público. Sem falar que "Pai Herói" também marcou a repetição do "casal sensação" do trabalho anterior de Janete, o folhetim "O Astro" (1977-1978). Neste, Tony Ramos era Márcio Hayalla, um rapaz rico, e Elizabeth Savalla era Lili, uma moça pobre. Na nova novela, eles eram André Cajarana, um rapaz pobre, e Carina Brandão, moça rica.
"Pai Herói" foi uma reprodução de uma radionovela da própria Janete apresentada em 1958 pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro intitulada "Um Estranho na Terra de Ninguém". Na verdade era a vez de Lauro César Muniz apresentar uma novela que sucederia "Dancin' Days"  (1978) de Gilberto Braga, mas teve que ser substituído, pois adoeceu e só voltou à ativa com "Os Gigantes", sua obra em andamento, como sucessor de "Pai Herói". Pra cobrir o espaço, Janete Clair foi acionada às pressas e resgatou sua tal radionovela. A autora atualizou a trama. A novela teve vários títulos provisórios até chegar ao "Pai Herói" inspirado na letra de um certo tema de abertura que se encaixava ao trama: "Pai" de Fábio Junior ("pai, você foi meu herói, meu bandido..."). A canção havia sido apresentada por seu intérprete no ano anterior, em um episódio da série "Ciranda Cirandinha" também da TV Globo.
Ainda falando na abertura que era simples e ao mesmo tempo criativa, esta também foi inesquecível na teledramaturgia brasileira: mãos ansiosas montam um quebra-cabeças até formarem uma foto de um menino passeando em uma alameda de mãos dadas ao pai cuja imagem de sua fisionomia é um mistério: são as peças que faltam. Em 1982, a ideia foi plagiada pela emissora mexicana Televisa para a abertura da novela "Chispita" (exibida no Brasil dois anos mais tarde pelo SBT), só que era um quebra-cabeças com uma menina, a protagonista vivida pela atriz e cantora Lucero, caminhando com a personagem enigmática que era uma mulher (a mãe). O sucesso foi tanto que o famoso quebra-cabeças da abertura de "Pai Herói" serviu como brinde do dia dos pais em um shopping-center de São Paulo.
Desde outubro do ano passado, a novela "Pai Herói" vem sendo reprisada no Canal Viva e, três meses antes, foi lançada em DVD com treze discos. Spoiler à vista! 😆 #PaiHeroiNoViva



Epidemia de Carinas e Andrés nos cartórios

Em 1979, por conta do casal protagonista vivido por Tony Ramos e Elizabeth Savalla (o que hoje em dia chamaríamos carinhosamente de "Andrerina"), houve nos cartórios uma explosão de recém-nascidos batizados de André e Carina.

Sinopse



"Pai Herói" traz a história de André Cajarana (Tony Ramos), que não irá descansar até tirar a limpo os mistérios que envolvem a morte de seu pai, conhecido por ser um bandido perigoso. O que não passava por sua cabeça é que Bruno Baldaracci (Paulo Autran), o marido de sua mãe Gilda (vivida por Maria Fernanda), pudesse ser um dos principais responsáveis pelo desaparecimento e crimes dos quais seu pai foi acusado. Ao chegar na nova cidade, André se envolve em um triângulo amoroso. Se apaixona por Carina (Elizabeth Savalla), uma bailarina de sucesso, cujo ex-marido, o vilão César [vivido por Carlos Zara (1930-2002) em seu primeiro trabalho na TV Globo], obsessivo e ambicioso, irá fazer de tudo para fazer de suas vidas um inferno. Ana Preta (Glória Menezes), moradora do subúrbio carioca e dona da casa de samba Flor de Lys, também irá mexer com os sentimentos do rapaz. Escrita por Janete Clair, e dirigida por Gonzaga Blota, Walter Avancini (1935-2001) e Roberto Talma (1949-2015), conta em seu elenco com grandes figuras como Tony Ramos, Elizabeth Savalla, Glória Menezes e Paulo Autran (1922-2007) marcando sua estreia em novelas com o personagem Bruno Baldaracci. "Pai Herói" também foi a primeira novela da atriz baiana Regina Dourado  (1953-2012) e de Jorge Fernando como ator.


Elizabeth Savalla como a bailarina Carina. Para incorporar a personagem, a atriz fez sacrifícios. "Sofri muito… de fome! Passei oito meses de regime, sob a vigilância de uma coreógrafa russa!", disse.

Muito além de Carina e André. Minha personagem preferida é... 


Sambista e boa samaritana

Ana Maria Garcia, conhecida como Ana Preta (Glória Menezes) – Ela é dona da gafieira Flor de Lys. É alegre, graciosa, solidária e muito querida no bairro. Tem um temperamento um pouco esquentado e não leva desaforo para casa. Quando sua mãe morreu, vestiu luto por muitos anos, sendo chamada de Ana do Preto. Assim, Ana Preta ficou sendo seu apelido. Ela acolhe André quando ele chega ao Rio e se apaixona por ele. Eu como fã de samba adoro essa personagem.

Alguém falou samba?  


Sessão nostalgia

Há quem diga que assiste à reprise de "Pai Herói" também pra saber como eram  Ipanema, Nilópolis, esta na Baixada Fluminense, Maricá, São José do Vale do Rio Preto e Três Rios (todos do estado do Rio de Janeiro) e em Bariloche, na Argentina na década de 1970. Ah, e também pra ver os carrões, os móveis, as decorações, as roupas e os penteados daquela época. Ainda falando em móveis e decorações, eu gosto muito dos pôsteres e recortes de revistas populares de celebridades coladas na parede do quarto da Ana Preta 😊. Sem falar que nota-se no cenário a foto do Tarcísio Meira, o marido da própria intérprete, no espelho da penteadeira. 



Thaís de Andrade (1957-1996) que fazia o papel de Odete Brandão, esposa do Hilário Limeira Brandão (Reinaldo Gonzaga) e secretária de Thiago (Carlos Kroeber, 1934-1999), vice-presidente das empresas do Grupo Econômico Limeira Brandão. Amo esse modelo de cabelo à Farrah Fawcett (1947-2009) da série "As Panteras", uma das tendências dos anos 1970 entre as mulheres. A atriz paulistana foi revelada no programa "Moacyr TV" de Moacyr Franco, exibido pela Rede Globo na década de 1970, de onde também saíram atrizes como Myrian Rios e Sílvia Salgado. Thaís estreou na emissora na novela "Locomotivas" como a doce e esperta Renata, em 1977.


Curiosidade regional de Santa Catarina

Em Santa Catarina, em represália à iminente perda da afiliação da Globo para o grupo RBS, a antiga afiliada, a TV Coligadas (depois comprada pela RBS e transformada em RBS TV Blumenau) deixou de transmitir as novelas que estreavam. Após o fim de “Dancin’ Days”, a Coligadas reexibiu um compacto de “Espelho Mágico” (1977), de Lauro César Muniz. A RBS (então denominada TV Catarinense) teve a inauguração antecipada para 1º de maio e só então “Pai Herói” estreou em SC, também exibida de forma compacta, já que estava atrasada três meses.

Valeu, Ari Silveira, por essa curiosidade preciosa!


Trilha sonora

Nacional


Capa do LP "Alerta Geral" de Alcione e Roberto Ribeiro, ambos lançados em 1978: Não deixando o samba morrer


"Álibi", o primeiro disco de Maria Bethânia a ultrapassar um milhão de cópias.

Como diz o Nelson Sargento "samba agoniza, mas não morre". Nos tempos em que o samba agonizava_mas sobreviveu _ devido à invasão da era disco na mídia brasileira, seus defensores  deram o ar da graça nesta brilhante trilha sonora nacional: o portelense Paulinho da Viola, as mangueirenses Alcione e Beth Carvalho e Roberto Ribeiro (1940-1996), este em uma belíssima regravação de um samba de 1955 da sua escola de coração, Império Serrano. Além do emblemático tema de abertura cantado pelo Fábio Junior, temos também Maria Bethânia cantando um dos clássicos do Gonzaguinha (1945-1991), Moraes Moreira com o genialíssimo samba-rock, o cantor sertanejo Renato Teixeira e o seu "Cavalo Bravo" (adoro o arranjo setentista dessa música), Guilherme Arantes (com a linda "14 Anos"), Carlinhos Vergueiro em uma canção que questionava sobre a identidade do pai do personagem André Cajarana, a novata Marina Lima (atendida apenas como "Marina" na época) e, encerrando o disco, o empolgante tema instrumental "Vivendo Perigosamente" da autoria do trompetista Márcio Montarroyos (1948-2007) e Alfredo Emmer Dias Gomes, baterista e filho da Janete Clair, a própria autora, e do também novelista Dias Gomes (1922-1999), que é uma música que mistura jazz e samba e se encaixa perfeitamente nas cenas de ação à anos 1970 da novela. A trilha nacional foi relançada em CD em 2001 na coleção "Campeões de Audiência" pela Som Livre. Ouça na íntegra clicando → aqui

"Pai Herói" - Trilha Sonora Nacional
(P) 1979 Som Livre



1- "Pai"
escrita e interpretada por Fábio Jr.

2- "Pode Esperar" – Tema de Ana Preta
escrita por Roberto Corrêa e Sylvio Son
interpretada por Alcione
do LP "Alerta Geral"
(P) 1978 Discos Philips / Companhia Brasileira de Discos Phonogram (hoje Universal Music Brasil)

3- "Nos Horizontes do Mundo"
escrita e interpretada por Paulinho da Viola
(P) 1978 EMI Music / Universal Music Brasil

4- "Passarinho" – Tema de Ana Preta
escrita  por Chatim
interpretada por Beth Carvalho
do LP "De Pé no Chão"
(P) 1978 RCA Victor / Sony Music Entertainment Brasil

5- "Explode Coração (Não Dá Mais Pra Segurar)" – Tema de André e Carina
escrita por Luiz Gonzaga Jr.
interpretada por Maria Bethânia
do LP "Álibi"
(P) 1978 Discos Philips / Companhia Brasileira de Discos Phonogram (hoje Universal Music Brasil)

6- "Espírito Esportivo"
escrita por Morais e Abel Silva
interpretada por Moraes Moreira
(P) 1978 Som Livre

7- "Cavalo Bravo" – Tema de André
escrita e interpretada por Renato Teixeira
(P) 1979 RCA Victor / Sony Music Entertainment Brasil

8- "Meu Drama (Senhora Tentação)"
escrita por Silas de Oliveira e J. Ilarindo
interpretada por Roberto Ribeiro
(P) 1978 EMI Music / Universal Music Brasil

9- "14 Anos" – Tema de Pepo (personagem de Osmar Prado)
escrita e interpretada por Guilherme Arantes
do LP "A Cara e a Coragem"
(P) 1978 Warner Bros. Records / WEA Discos (hoje Warner Music Brasil)

10- "Homem Calado"
escrita por Carlinhos Vergueiro e J. Petrolino
interpretada por Carlinhos Vergueiro
(P) 1978 Som Livre

11- "A Chave do Mundo" – Tema de Walkíria (personagem de Rosamaria Murtinho)
escrita por Marina Lima e Antonio Cícero Lima
interpretada por Marina
(P) 1979 Asylum Records / WEA Discos (hoje Warner Music Brasil)

12- "Vivendo Perigosamente"
escita por Márcio Montarroyos e Alfredo Dias Gomes
Intérprete: Márcio Montarroyos


Internacional

Capa do LP "Love Tracks" da Gloria Gaynor. "I Will Survive" foi a canção do álbum que deu impulso à carreira da cantora americana.

 A cantora carioca Denise Emmer na capa do compacto duplo "Alouette" (foto à esquerda) e hoje.


Banda Blondie na capa do álbum "Parallel Lines" de 1978.

Dizem por aí que este disco vendeu bastante. Em "Pai Herói Internacional" há italianidade em dose tripla: o cantor Memo Remigi com "...E Un Altro Giorno Se Ne Va", a banda pop romântica Collage que é da mesma geração dos grupos Homo Sapiens e I Santo Califórnia cantando "Piano… Piano, M'Innamorai Di Te" lançada em 1977 e Zack Ferguson, o único desse trio italiano cantando em inglês, sacudindo as pistas das discotecas com "Aa Aa Uu Aa Ee". O metaleiro Alice Cooper, conhecido pelos seus shows macabros e inovadores para a época, usa sua primeira experiência em rehab (clínica de reabilitação) por problemas com álcool como inspiração para o álbum "From The Inside" cujo hit principal é "How You Gonna See Me Now "  (em português, "como você me vê agora?") da autoria dele com Bernie Taupin, parceiro musical de Elton John, e Dick Wagner. A música já foi regravada em 1993 pela banda de rock brasileira Easy Rider para a trilha internacional da novela "Olho no Olho". Quanto à música country, a canadense Anne Murray canta "You Needed Me" que, anos mais tarde, ganhou uma versão em português de Zezé di Camargo & Luciano intitulada "Pra Sempre em Mim" e o grupo americano Dr. Hook & The Medicine Show (no LP foi creditado apenas como Dr. Hook) regrava "Sharing the Night Together". A cantora, compositora e multi-instrumentista folk irlandesa Sally Oldfield dá um brilho em "Pai Herói Internacional" com a mística e bonitinha "Mirrors". A popularidade do cantor de R&B Randy Brown no Brasil aconteceu com a inclusão de seu sucesso "I'd Rather Hurt Myself" à trilha sonora de "Pai Herói" e também pelo fato de a canção ter sido o tema de propagandas da Rádio Mundial AM 860 lá do Rio de Janeiro no mesmo ano. Com imagens de uma propaganda da emissora radiofônica que traziam asas-delta sobrevoando praias cariocas, a música entrou para a memória afetiva de muitos como o "melô da asa", exatamente como foi creditada na contracapa do LP "Pai Herói Internacional". Por coincidência, o nome da gravadora que divulgou Randy Brown se chama Parachute Records (parachute=paraquedas). Não, não é piada! "I'd Rather Hurt Myself" foi regravada recentemente pelo ator e cantor baiano Daniel Boaventura.
O ítalo-canadense Gino Vanelli interpreta "I Just Wanna Stop" da autoria de seu irmão, Ross Vanelli. Os hits brasucas também marcam presença: o grego-brasileiro Patrick Dimon com "Pigeon Without a Dove" que é uma adaptação de uma ária do clássico "O Guarani", uma ópera de Carlos Gomes (1836-1896) e a cantora, compositora, musicista e poetisa Denise Emmer, filha de Janete Clair e Dias Gomes, com a balada em francês "Alouette" que é o tema da Carina. Este compacto simples lançado em 1980 (um ano depois da novela, diferente da foto de destaque acima que é a capa do compacto duplo lançado em seguida), vendeu mais de 300 mil cópias, o que rendeu a Denise o disco de ouro e o reconhecimento público. Em julho do ano passado, Emmer lançou seu EP (CD com 6 faixas) chamado "Capote de Pedras". Aproveitando a era disco, para dançar temos a clássica "I Will Survive" da Gloria Gaynor que, a princípio, era um tema feminista e passou a ser um hino gay graças ao filme "Priscilla - A Rainha do Deserto " de 1994. Quem vem com tudo é a banda americana Sun com "Sun Is Here". O grupo de new wave e punk rock Blondie arrasa com "Heart of Glass" (eu amo!) da autoria do guitarrista Chris Stein e da loiraça Deborah "Debbie" Harry, a vocalista. O videoclipe de "Heart of Glass" foi gravado na famosa casa noturna Studio 54 em Nova Iorque. Agora é só caprichar no falsete e soltar "once I had a love and it was a gas..."

Video: "Hearto of Glass" - Blondie



A capa do LP que é uma amostra da abertura da novela é de Hans Donner e Sérgio Liuzzi, os responsáveis pela "abertura do quebra-cabeças". A foto é de Johnny Salles e a coordenação da capa é de Vera Roesler, conhecida por esta função em várias capas de discos lançados pela Som Livre. Atualmente Roesler se dedica às artes plásticas.


Ouça na íntegra clicando → aqui

"Pai Herói" - Trilha Sonora Internacional
(P) 1979 Som Livre



1- "I Will Survive"
escrita por Dino Fekaris e Freddie Perren
interpretada por Gloria Gaynor
(P) 1978 Polydor Records / Universal Music Group

2- "Sharing The Night Together"
escrita por Ava Aldridge e Eddie Struzick
interpretada por Dr. Hook & The Medicine Show
(P) 1978 Capitol Records / EMI Music / Universal Music Group

3- "You Needed Me" – Tema de Ana Preta (personagem de Glória Menezes)
escrita por Randy Goodrum
interpretada por Anne Murray
(P) 1978 Capitol Records / EMI Music / Universal Music Group

4- "Aa Aa Uu Aa Ee"
escrita por Mariano Detto e Mike Logan
interpretada por Zack Ferguson
(P) 1979 NWA Records, Itália

5- "How You Gonna See Me Now?" – Tema de Aline e Pepo (personagens de Nàdia Lippi e Osmar Prado)
escrita por Alice Cooper, Bernie Taupin e Dick Wagner
interpretada por Alice Cooper
(P) 1978 Warner Bros. Records / Warner Music Group

6- "… E Un Altro Giorno Se Ne Va" – Tema de Bruno Baldaracci (personagem de Paulo Autran)
escrita por Giorgio Calabrese e Memo Remigi
interpretada por Memo Remigi
(P) 1978 Carosello Records, Itália
(P) 1979 Top Tape, Brasil

7- "Mirrors" – Tema de Walkíria (personagem de Rosamaria Murtinho)
escrita e interpretada por Sally Oldfield
(P) 1978 Bronze Records, Inglaterra

8- "Sun Is Here"
escrita por Byron Byrd e Kym Yancey
interpretada por Sun
(P) 1978 Capitol Records / Universal Music Group

9- "Alouette" – Tema de Carina (personagem de Elizabeth Savalla)
escrita e interpretada por Denise Emmer
(P) 1979 Tapecar Gravações S.A., Brasil / Som Livre

10- "I'd Rather Hurt Myself"
escrita por Carl Hampton e Homer Banks
interpretada por Randy Brown
(P) 1978 Parachute Records, Inc. (EUA)
(P) 1978 Tapecar Gravações S.A. / Som Livre (Brasil)

11- "Heart of Glass"
escrita por Chris Stein e Debbie Harry
interpretada por Blondie
(P)1978 (produção), 1979 (lançamento) Chrysalis Records / Universal Music Group

12- "Pigeon Without a Dove"
escrita por  Richard Anthony
interpretada por Patrick Dimon
(P) 1979 Fermata / Discos RGE, Rádio Gravações Especializadas, Brasil

13- "I Just Wanna Stop"
escrita por Ross Vannelli
interpretada por Gino Vannelli
(P) 1978 A&M Records / Universal Music Group

14- "Piano… Piano, M'Innamorai Di Te" - tema de Cirilo e Aline (personagens de Jorge Fernando e Nádia Lippi)
escrita por Antonello De Sanctis, Marcello Marrocchi e Vittorio Tariciotti
interpretada por Collage
(P) 1977 Dischi Richordi, Itália

fontes:
Wikipédia
Memória Globo
Teledramaturgia
Uol (Blog do Nilson Xavier)
Diversório
Loja Globo


Até o próximo post! 😙

sábado, 21 de janeiro de 2017

Os 80 anos de Núbia Lafayette (1937-2007)


Ela foi apontada por muitos de seus fãs como "Nelson Gonçalves de saias" por ter regravado muitos dos sucessos do "rei do rádio" como "Argumento" (de Adelino Moreira), "A Volta do Boêmio" (também de Adelino Moreira) e "Fica Comigo Esta Noite" (De Nelson Gonçalves e Adelino Moreira). Em diversas entrevistas, a cantora Alcione já declarou tê-la como sua maior influência musical. Eu só passei a conhecer e me encantar com as obras dela tardiamente no ano passado quando eu recebi de uma amiga da mamãe um CD de seus grandes sucessos da "Coleção XXI - 21 Grandes Sucessos" da Sony Music. Núbia Lafayette, nome artístico de Idenilde Araújo Alves da Costa, hoje (21 de janeiro) faria 80 anos de idade. Como também este ano fará 10 anos de seu falecimento no dia 18 de junho. Uma das maiores cantoras românticas do Brasil, Núbia ficou conhecida pelo seu estilo de interpretação, pela voz sempre afinada e bela e pelo repertório com músicas românticas de fossa.



Idenilde nasceu em Assu, no interior do estado do Rio Grande do Norte, onde residiu até os três anos, idade quando a família se mudou para o Rio de Janeiro. Desde tenra idade demonstrou talento para a música apresentando-se em programas infantis desde os 8 anos de idade.
A carreira de Idenilde teve início no final da década de 1950, com o nome artístico de Nilde Araújo. Nessa época trabalhava como vendedora nas Lojas Pernambucanas do Rio de Janeiro quando resolveu participar no programa de calouros "A voz de ouro", da TV Tupi, interpretando canções da época. Foi crooner da boate Cave do Rio e estreou cantando Dalva de Oliveira.
O nome artístico definitivo de Núbia Lafayette foi adaptado em 1960 por sugestão do compositor Adelino Moreira, famoso pelas suas composições gravadas por Nelson Gonçalves (1920-1998). Este também teve grande importância na carreira de Núbia Lafayette: apresentou-a à gravadora RCA (hoje Sony Music), foi sua fonte de inspiração musical masculina e um grande professor, ensinando-a como se comportar no palco. Foi nesse ano que gravou o seu primeiro disco com o samba-canção "Devolvi", de Adelino Moreira. Este trabalho projetou-a definitivamente como cantora romântica e popular. A partir daí, a cantora gravava mais sambas-canções de Adelino. Até que, em meados dos anos 1960, sua carreira deu uma recaída devido a uma certa tendência musical que contagiou o Brasil: a Jovem Guarda. Durante esse período, fez algumas gravações mais esporádicas como os compactos simples "Núbia Lafayette com orquestra Chantecler", em 1966 e "Núbia Lafayette", no ano seguinte, além do LP "Nem eu, nem tu, ninguém" lançado pela Philips em 1970. Em 1971, lançou o LP "A voz quente de Núbia Lafayette", pela RCA Camden interpretando 14 composições de Adelino Moreira. Em 1972, gravou pelo selo Entré da CBS (hoje Sony Music) o LP "Casa e comida", cuja música título, um bolero de Rossini Pinto, fez muito sucesso e deu novo impulso à sua carreira, além de "Jamais estive tão segura de mim mesma", de Rauzito, nome artístico usado no começo da carreira por Raul Seixas (1945-1989). Núbia continuou a participar em programas especiais e apresentações esporádicas até ao fim da sua vida. Morava em Maricá, no litoral do Rio de Janeiro.


Capa do LP "Casa e Comida" (Entré/CBS/ Sony Music) de 1972.

Núbia sofreu um AVC hemorrágico no dia 10 de março de 2007, tendo ficado internada 10 dias. No dia 25 de maio do mesmo ano voltou a ser internada no Hospital de Clínicas Niterói devido a complicações. Faleceu aos 70 anos de idade. Uma das últimas apresentações de Núbia Lafayette na mídia nacional foi no extinto programa "Rei Majestade" do SBT apresentado por Silvio Santos em 2006. No dia 29 de novembro de 2008 foi inaugurado o Espaço Cultural Núbia Lafayette no Rotary Club Maricá, um espaço para shows idealizado por Chico Anysio (1931-2012) em homenagem à cantora potiguar que tinha um grande amor pela cidade de Maricá (RJ).

Fontes:
Wikipédia
O Nordeste
Cantoras do Brasil
Noticiário RJ online

A lista é extensa, mas vou colocar aqui algumas das minhas preferidas da Núbia Lafayette



"Lama" (1974) (música de Aylce Chaves e Paulo Marques)


"Amargura" (1971) (de Othon Russo e Niquinho)




"Mata-me Depressa" (de Rossini Pinto) Não estou certa do ano de produção, mas foi gravada originalmente pela Wanderléa para o disco "Maravilhosa" de 1972. Em 2014, esta releitura da Núbia Lafayette foi resgatada pela extinta série "Pé na Cova" da TV Globo.


"Casa e Comida" (1972) ( de Rossini Pinto)


"Devolvi" (1961)  (de Adelino Moreira)


"A Saudade Mata a Gente" (1975) (de João de Barro "Braguinha" e Antônio Almeida)



"Fracasso" (1974) (de Mário Lago)



sábado, 7 de janeiro de 2017

Como o tempo passa rápido! Músicas Brasileiras que completam 20 anos em 2017


Em sentido horário: Gabriel O Pensador, Ivete Sangalo (ainda na Banda Eva), Só Pra Contrariar e É o Tchan.


Sabe aquela menina vestida de odalisca mirim que dançava ao lado da Carla Perez no videoclipe do "Ralando o Tchan" do grupo É o Tchan? Ela que é filha de um dos grandes nomes da música brasileira hoje é nutricionista funcional. E aquela outra garotinha que protagonizava uma novela infantil do SBT que conquistou o público-alvo? Até hoje é uma atriz de sucesso e agora é casada com um cantor de pagode. Estou falando de 1997 na música. Acredite ou não, são 20 anos! 😨 Mal completou a primeira semana de 2017 e já estou revirando o baú de duas décadas atrás. Foi nesse ano que descobri que eu canto. A minha primeira apresentação foi no auditório do colégio onde eu estudava cantando "Don't Cry For Me Argentina" do filme "Evita" que estava em cartaz nos cinemas naquela época. Outro fato importante pra mim foi a festa dos meus 15 anos. Não havia nenhuma valsa ou outras sofisticações, afinal a minha popularidade e a situação financeira da família Martins não são nenhuma Brastemp, mas foi uma festa bem simples em uma churrascaria já extinta com parentes e amigos da família e até hoje me sinto grata e feliz por isso, inclusive eu me emociono só de lembrar. No meu coração ficou essa lembrança como ferida aberta e como tatuagem. A minha adolescência foi bem tranquila: em horas vagas em que eu não tinha que estudar, eu só assistia ao humorístico Casseta e Planeta e ao Planeta Xuxa, que foi ao ar a partir de abril de 1997, para ver videoclipes e atrações musicais (TV por assinatura pra ver a MTV Brasil e o Multishow era privilégio pra poucos) e ia ao aparelho de som para ouvir rádio, CD's de artistas da época e os discos de vinil emprestados do Roberto Carlos. Mas chega de choradeira e vamos à lista de vários sucessos que tocavam nas rádios há exatos 20 anos. E por falar em rádio, no mesmo 1997, aqui em Itajaí (SC), através da frequência 92,9 MHz iniciou-se a transmissão da filial itajaiense da Band FM (se eu não estou errada foi no dia 31 de outubro, mas me lembro que foi na última sexta-feira de um mês do segundo semestre) sucedendo a Nova FM e se tornando até hoje uma das grandes emissoras de sucesso de audiência na cidade, principalmente pelo público jovem que aprecia o sertanejo, o samba, o pagode e o axé. Como se vê nesta lista, quase todas as músicas já foram executadas nesta mesma emissora radiofônica. No mesmo ano, por um lado, houve lançamento dos primeiros aparelhos de DVD's e seus discos no mês de novembro no Japão. Do outro, no Brasil, nasceu uma ameaça aos artistas da música: o comércio de CD's falsificados. Catástrofes à parte, vamos começar essa festa da música tupiniquim!
📺📻📀📼🎧 #TBT #ThrowbackTime


Spice Girls, Hanson e Backstreet Boys: os principais astros internacionais de 1997.


Goodbye, England rose: o adeus à Princesa Diana Frances Spencer  (1961-1997).


"Titanic"(20th Century Fox/Paramount Pictures): o blockbuster do cinema completa 20 anos.


Ainda falando em "Titanic": perto, longe e em qualquer lugar do mundo, tanto o filme quanto o álbum "Let's Talk About Love" (Sony Music Entertainment) da Celine Dion no qual esta interpretava o famoso tema romântico do longa, lançados no final de 1997, foram um sucesso a partir do começo do ano seguinte. Este disco também foi considerado o mais importante da carreira da cantora canadense.

Observação: as músicas indicadas em asterisco (*) foram produzidas em 1996, mas que foram sucessos no ano seguinte.

MAS ANTES: aproveitando o clima da minha emoção nostálgica, a gravação da Gal Costa cantando "Jovens Tardes  de Domingo" de Roberto e Erasmo Carlos que coincidentemente completa 20 anos. Sem falar que na época em que a Gal resolveu regravá-la, em 1997, a canção saudosista sobre lembranças da Jovem Guarda que foi sucesso na voz de seu colega de geração, Roberto Carlos, completou duas décadas!



1- Palpite - Vanessa Rangel
escrita por Vanessa Rangel
(P) 1997 EMI Music / Universal Music Brasil
2- Per Amore - Zizi Possi
escrita por Mariella Nava
(P) 1997 Mercury Records / PolyGram Discos (hoje Universal Music Brasil)
3- Só Você - Fábio Jr
escrita por Vinícius Cantuária
(P) 1997 RCA Records / BMG Brasil / Sony Music Entertainment Brasil

As três primeira músicas da lista fizeram parte da trilha sonora da novela das oito na época, "Por Amor", da TV Globo. A primeira é o único grande sucesso da ex-cantora Vanessa Rangel que hoje trabalha como advogada. A segunda, "Per Amore" que foi o tema da protagonista Helena (vivida por Regina Duarte) faz parte do álbum homônimo que é o decimo quarto da carreira de Zizi Possi e o primeiro da intérprete com canções em italiano e napolitano. O disco ainda contava com a participação de Dori Caymmi nos arranjos de orquestra. "Só Você" na voz do eterno galã Fábio Jr é uma regravação de um dos clássicos do pop-rock dos anos 1980 do cantor e compositor Vinícius Cantuária. A música era uma das duas faixas bônus gravadas em estúdio para o álbum "Fábio Jr Ao Vivo", sendo que a outra é a releitura de "Desculpe, Mas Eu Vou Chorar" (de César Augusto e Gabriel) eternizada pela dupla sertaneja Leandro & Leonardo.

4- Depois do Prazer - Só Pra Contrariar
escrita por Chico Roque e Sérgio Caetano
5- Mineirinho - Só Pra Contrariar
escrita por Alexandre Pires e Lourenço
(P) 1997 RCA Records / BMG Brasil / Sony Music Entertainment Brasil



Quem se sentia cativado com "Depois do Prazer", faixa que abre o quarto álbum do grupo Só Pra Contrariar, dê um like! 👍 O disco que marcou a ascensão do vocalista bonitão Alexandre Pires que havia acabado de raspar a cabeça e o bigodinho vendeu mais de 3 milhões de cópias, ou seja, três discos de diamante! Eu ainda lembro como se fosse ontem: colegas da minha sala do colégio onde eu estudava tinham esse CD e, na hora do recreio, principalmente às sextas-feiras, ligavam o micro system portátil pra tocar este e outros CD's de artistas que estouravam na época. Além de "Depois do Prazer", outras músicas do álbum que também eram sucesso nas rádios foram a animada "Mineirinho" e as românticas "Tá Por Fora" (de Adalto Magalha e Lourenço), "Quando é Amor" (de Chico Roque e Carla Morais), "Amor Verdadeiro"  (de Luiz Cláudio e Regis Danese, sim, aquele do "entra na minha casa, entra na minha vida"...) e "Minha Metade", versão de "Take Me Now" (de David Gates, o ex-Bread, e letra em português de Luiz Cláudio).

6- Ralando o Tchan (A Dança do Ventre) - É o Tchan
escrita por Dito, Beto Jamaica, Wesley Rangel e Paulinho Levi
7- Bambolê - É o Tchan
escrita por Dito, Cal Adan e Paulinho Levi
(P) 1997 Mercury Records / PolyGram Discos (hoje Universal Music Brasil)



Dois milhões! Foi essa a quantidade de cópias do álbum "É o Tchan do Brasil", o quarto do grupo É o Tchan. O ano de 1997 para o grupo baiano marca o primeiro da "nova morena do Tchan" Scheila Carvalho, substituta da dançarina Débora Brasil, e o último da loira Carla Perez. "Ralando o Tchan (A Dança do Ventre)" foi o primeiro dos tributos da banda de pagode/axé a outros países, neste caso, o Egito, misturando o pagode brasileiro com a dança do ventre. No videoclipe da música, destaque para a pequena Bela Gil, na época com nove anos, dançando fantasiada de mini-odalisca ao lado da Carla. Um dos momentos mais marcantes do grupo É o Tchan que aconteceu no mesmo ano foi a sua apresentação realizada no Festival de Jazz de Montreux na Suíça. Que chique!

Videoclipe de "Ralando o Tchan (A Dança do Ventre)"



8- Proibida pra mim (Grazon) - Charlie Brown Jr.
escrita por Alexandre Magno Abrão ("Chorão")
9- O Côro Vai Comê!
escrita por Alexandre Magno Abrão ("Chorão")
(P) 1997 Virgin Records - EMI Music / Universal Music Brasil

Ambas as músicas são do primeiro álbum de sucesso do grupo Charlie Brown Jr., "Transpiração Contínua Prolongada", produzido por Rick Bonadio. A letra de "Proibida Pra Mim (Grazon)" foi feita pelo vocalista Chorão (1970-2013) para a sua namorada, Graziela Gonçalves, a quem ele chamava carinhosamente de Grazon. Em 2013, aproveitando a comoção causada pela morte do Chorão, a gravadora EMI relançou este álbum, em seu formato original.

10- Mundo dos Sonhos - Katinguelê
escrita por Lula Barbosa e Álvaro Gomes
(P) 1997 East West / Warner Music (Divisão Continental)

Katinguelê na capa psicodélica do CD de 1997: cabeças flutuantes e olhos procurando há muitos sonhos.

Do ábum "Mundo dos Sonhos" do grupo de pagode liderado pelo Salgadinho, o eterno negro gato da revista Raça Brasil na época. Além da faixa-título, outras músicas de sucesso foram "Engraçadinha" (de Jady) e "Apaixonadamente" (de Salgadinho, Lobão Ramos e Mi do Virginia)

11- 2345 meia 78 - Gabriel O Pensador
escrita por Gabriel Contino "O Pensador"
(P) 1997 Chaos Records / Sony Music Entertainment Brasil
esta música contem o sample "Good Times", de Bernard Edwards e Nile Rodgers
(P) 1979 Atlantic Record / Warner Music Group

12- Cachimbo da Paz - Gabriel O Pensador (participação especial de Lulu Santos)
escrita por Gabriel Contino "O Pensador"
(P) 1997 Chaos Records / Sony Music Entertainment Brasil
esta música contem o sample "One On One", de Daryl Hall
(P) 1981, 1983 RCA Records / Sony Music Entertainment Group

13- Festa da Música - Gabriel O Pensador
escrita por Gabriel Contino "O Pensador"
(P) 1997 Chaos Records / Sony Music Entertainment Brasil
esta música contem o sample "Somebody Else's Guy", de Jocelyn Brown
(P) 1984 Vynil Dreams
E as músicas incidentais:
*"Bye Bye Tristeza" (com Sandra de Sá), de Carlos Colla e Marcos Valle
(P) 1989 RCA Records/ BMG Ariola / Sony Music Entertainment Brasil
*"Eduardo e Mônica" (com Legião Urbana), de Renato Russo
(P) 1986 EMI Music / Universal Music Brasil
*"Devagar, Devagarinho" (com Martinho da Vila), de Eraldo Divagar
(P) 1995 Columbia Records / Sony Music Entertainment Brasil
*"O Calhambeque" ("Road Hog") (com Roberto Carlos), de John D. Loudermilk e versão em português de Erasmo Carlos
(P) 1964 Discos CBS / Sony Music Entertainment Brasil



O terceiro álbum do Gabriel O Pensador, "Quebra-Cabeça", vendeu mais de um milhão e meio de cópias, o recorde da discografia do rapper carioca. E eu também engrossei esta estatística na época👍, porque eu sou muito fã das rimas supercriativas e sofisticadas, como também vejo isso nas músicas de Chico Buarque e Juca Chaves. Até hoje eu me lembro de quando e onde eu o comprei: dia 12 de outubro de 1997, domingo, na falecida CD Company que ficava na Avenida Brasil em Balneário Camboriú e eu amava "espiar" aquela loja! 😍As principais faixas do álbum considerado o mais importante da carreira de Gabriel O Pensador, que fez seu show em Balneário Camboriú no dia 24 de setembro do ano passado no Music Park BC, eram "2345meia78" (cuja letra versa sobre um rapaz que liga do orelhão para todas as ex-namoradas até conseguir convencer uma para sair com ele num final de semana),  "Cachimbo da Paz" (com a participação do cantor Lulu Santos como temática central a legalização da maconha) e "Festa da Música" (uma "homenagem a todos [os artistas] que estiveram, estão ou estarão uma dia na festa da música brasileira" como Gabriel ressalta no encarte). Como também são incluídas músicas com letras sobre assuntos atemporais como o problema dos menores abandonados (em "Pátria Que Me Pariu"), a saúde pública ("Sem Saúde"), o alcoolismo ("+ 1 Dose", recriada a partir de "Por Que a Gente é Assim", do grupo Barão Vermelho, que também participa da nova versão), a violência urbana (em "Bala Perdida") e "Dança do Desempregado"  que é uma divertida sátira às febres das danças de grupos de pagode e samba, cuja letra fala sobre o desemprego. A canção "Pátria Que Me Pariu" ganhou uma versão instrumental, que encerra o disco, intitulada "O Sopro da Cigarra", com a participação do trompetista Márcio Montarroyos (1948-2007).

Gabriel o Pensador com Martinho da Vila e Roberto Carlos, os convidados vip da "festa da música tupiniquim" em 1997. (foto: site oficial Roberto Carlos)


14- Milla - Netinho*
escrita por Tuca Fernandes e Manno Goes
(P) 1996 Mercury Records /  Polygram Discos (hoje Universal Music Brasil)

"Netinho ao Vivo!" é um álbum ao vivo do cantor Netinho, lançado em 1996 pela Polygram. O álbum vendeu mais de 1 milhão cópias, sendo certificado com um Disco de Diamante pela ABPD. Em Portugal foi o maior sucesso do cantor, muito graças ao tema "Milla", tendo atingido o nº 1 por 10 semanas e sendo o segundo disco mais vendido do ano de 1998. A canção é um fato verídico em que Manno Goes, um dos compositores, revelou recentemente no Fantástico no quadro Musas Populares Brasileiras que teve um breve romance com a musa homônima (clique aqui). "Milla existiu realmente. Foi um amor de verão que aconteceu em Mar Grande, como a música retrata. Milla, hoje, é uma mulher que está super bem casada, feliz, com os filhos dela. Eu também estou super feliz, casado, com meus filhos. E tomara que essa música ainda embale muitos amores", afirmou.


15- Pra dizer Adeus (versão acústica) - Titãs
escrita por Nando Reis e Tony Bellotto
(P) 1997 WEA Discos / Warner Music Group



"Pra Dizer Adeus" que é uma releitura da faixa do disco "Televisão" de 1985 foi a canção que mais se destacou no primeiro álbum acústico do grupo Titãs projetado pela MTV Brasil e gravado nos dias 6 e 7 de Março de 1997 no Teatro João Caetano no Rio de Janeiro. "Acústico MTV" é considerado um dos discos mais importantes da história do Rock nacional, atingido a certificação de platina, com mais que 1.700.000 discos vendidos.

16- Bagulho no Bumba - Virgulóides
autoria de domínio público e adaptação de Henrique Lima e Beto Demoreaux
(P) 1997 Excelente Discos - PolyGram Discos (Universal Music Brasil) / Deckdisc

Os Virguloides é uma banda paulista que mistura samba com hard rock e caracterizada pelas letras bem humoradas. O nome da banda surgiu da fusão de nomes de Virgulino Ferreira da Silva, o "Lampião", e do desenho animado Os Herculóides. O mesmo produtor que revelou Raimundos, Carlos Eduardo Miranda, foi o responsável pela gravação do primeiro disco do grupo, lançado em 1997 e intitulado "Virgulóides?". O álbum de estreia de Virgulóides vendeu mais de 200 mil cópias e contém o principal hit da banda: "Bagulho no Bumba", música que ficou na posição 33 das 100 músicas mais tocadas de 1997 no Brasil.



17- Coisa de Maluco - Fincabaute
escrita por Celso Rangel e Marcelo Ramos
(P) 1997 Spotlight Records - PolyGram Discos (hoje Universal Music Brasil)

Mais um one-hit wonder na lista. Em "Coisa de Maluco", a banda Fincabaute faz críticas irreverentes sobre coisas inusitadas que, acredite ou não, acontecem.

Video: apresentação do Fincabaute no Planeta Xuxa



18- Pipoca - Ara Ketu
escrita por Alain Tavares, Clóvis Cruz e Gilberto Timbaleiro
(P) 1997 Columbia Records/ Sony Music Entertainment Brasil

Do oitavo álbum "Pra Lá de Bom" da banda Ara Ketu. Graças à febre do samba-pagode-axé, o grupo baiano estava pra lá de bem nas rádios. O pagode romântico "Tá na Cara" (de Paulo Sérgio Valle e Chico Roque) e a agitada "Pipoca" foram os principais sucessos do disco.

19- Dança da Vassoura - Molejo
escrita por Délcio Luiz e Anderson Leonardo
20- Brincadeira de Criança
escrita por Délcio Luiz e Wagner Bastos
(P) 1997 East West / Warner Music (Divisão Continental)


Outra prova de que o samba, pagode e axé estavam muito bem, obrigada, foi o álbum "Brincadeira de Criança" do Grupo Molejo. O projeto foi certificado com disco de diamante pela ABPD com mais de 1 milhão cópias vendidas, sendo este o mais bem-sucedido da carreira do grupo musical liderado por Anderson Leonardo e Andrezinho. Molejão! Um milhão! Molejão! Um milhão!

21- Vem meu amor - Banda Eva
escrita por Guio e Silvio
22- Eva (Eva) - Banda Eva
Escrita por Giancarlo Bigazzi e Umberto Tozzi -  versão em português de Marcos Ficarelli
23- Arerê - Banda Eva
escrita por Alain Tavares e Gilson Babilônia
(P) 1997 Polydor Discos / Polygram Discos  (hoje Universal Music Brasil)


O álbum "Banda Eva Ao Vivo" não só levou o grupo ao auge como também deu destaque à então vocalista Ivete Sangalo. Gravado em março de 1997 na área verde do Othon Palace Hotel de Salvador (Bahia), o álbum obteve grande sucesso, beneficiado pelo álbum anterior, Beleza Rara (1996). Além de seus grandes sucessos, o disco também conta com as regravações de "Coleção" (do cantor e compositor Cassiano), "Vem Meu Amor" (do grupo Olodum), "Tão Seu" (de Samuel Rosa e Chico Amaral gravada originalmente pelo grupo Skank) e "Eva" (música da banda de rock oitentista Rádio Táxi que, na verdade, é uma versão do rock ballad italiano do cantor e compositor Umberto Tozzi lançado na mesma época) , além da inédita Arerê, que se tornou o single de maior sucesso do álbum.

24- Avohai (acústico) - Zé Ramalho
escrita por Zé Ramalho
(P) 1997 BMG Brasil / Sony Music Entertainment Brasil


E esse ano faz 20 anos que Zé Ramalho completou 20 anos de carreira solo. Para comemorar, o músico fez uma releitura em versão acústica de seus 19 grandes sucessos e incluiu uma faixa inédita, "Batendo na Porta do Céu", uma tradução de "Knockin' On The Heaven's Door" do Bob Dylan, o ídolo do cantor paraibano. "Avôhai" foi composta em homenagem ao avô de Zé, que o adotou após o pai morrer afogado dois anos depois de seu nascimento. O título da canção originalmente gravada no final de 1977 para o seu primeiro disco solo lançado no ano seguinte é uma junção das palavras "avô" e "pai".

25- Ciranda da Rosa Vermelha - Elba Ramalho
escrita por Alceu Valença
(P) 1997 BMG Brasil / Sony Music Entertainment Brasil

Dando sequencia nordestina, a prima de Zé Ramalho gravou essa belíssima marcha-rancho para o seu álbum "Baioque". Eu ainda não conheço esse CD, mas pela seleção de repertório deve ser bem bacana. "Ciranda da Rosa Vermelha" foi incluída para a trilha sonora da novela "A Indomada" da TV Globo.

26- Remexe (Rechufas) - Chiquititas
Escrita por Cristina di Giácomo e Carlos Nilson
Versão em português de Caion Gadia
(P)1997 Sony Music Entertainment Brasil



Uau! 20 anos! "Remexe" foi o tema de abertura da primeira temporada da primeira versão brasileira da novela "Chiquititas" produzida pelo canal argentino Telefé em parceria com o SBT, escrita pela autora argentina Cris Morena com a ajuda de autores brasileiros. Foi uma adaptação da original argentina, tendo cinco temporadas. E foi graças a essa primeira temporada que a Fernanda Souza, aos 13 anos, ganhou destaque ao representar a protagonista Mili, uma das meninas órfãs da mansão Raio de Luz, e o público infanto-juvenil se encantou tanto com a novela quanto com a personagem. A trilha sonora de Chiquititas (1997) foi produzida por Arnaldo Saccomani e Laércio Ferreira.

27- Unicamente - Deborah Blando
escrita por Deborah Blando, Reppolho, Andres Levin, Carl Sturken, Camus Mare Celli, Gordon Grody e Eric Baptista
(P) 1997 Virgin Records / EMI Music/ Universal Music Brasil

Como se vê aí em cima, a quantidade de compositores é digno de um número de autores de um samba-enredo para o carnaval e que gerou um mega sucesso. "Unicamente" é o terceiro álbum da cantora ítalo-brasileira Deborah Blando que teve a participação de produtores de renome, como Patrick Leonard, mundialmente conhecido por seus grandes sucessos em coparceria com Madonna ("Who's That Girl", "Live To Tell", "La Isla Bonita", "Frozen", etc.) e David Foster, ex-produtor de Michael Jackson e de nomes consagrados como Whitney Houston, Cher, Celine Dion e Donna Summer. Uau! A faixa-título emplacou graças à sua inclusão na trilha sonora da novela "A Indomada". Na letra e no vídeo da canção, a cantora italiana radicada em Florianópolis, aqui em Santa Catarina, faz homenagem à Iemanjá.

28- Te Amo Cada Vez Mais  (To Love You More) - João Paulo & Daniel
Escrita por David Foster e Edgard Bronfman, Jr. (Junior Miles)
Versão em português de Roberto Merlim
(P) 1997 Chantecler / Warner Music (Divisão Continental)



Ainda falando na Celine Dion e no David Foster, todos sabem que "Te Amo Cada Vez Mais" é uma versão de "To Love You More" escrita por Foster em parceria com Junior Miles e interpretada originalmente pela cantora canadense com a participação do violinista japonês Taro Hakase. O que quase ninguém sabe e muito menos eu sabia, salvo os fãs mais radicais da Dion, é que "To Love You More" foi gravada em 1995 para uma série dramática popular de TV japonesa chamada "Koibito Yo" (em português, "Meu Querido Amante"). O tal registro foi incluído num álbum relançado no mesmo ano para o Japão, "The Colour of My Love" (o lançamento original deste foi em 1993 nos Estados Unidos). Mais tarde apareceu na edição asiática do "Falling Into You" de 1995, "Live à Paris" de 1996 ("To Love You More" foi um dos singles de rádio a promover este álbum no Canadá e, neste mesmo ano, a Sony Music Entertainment divulgou um vídeo promocional que mostra uma performance ao vivo da turnê "Falling Into You Around The World Tour") e, por fim, nas edições americana e latino-americana, esta que foi distribuída também para o Brasil, do quinto álbum em língua inglesa da Celine Dion lançado em 1997, " Let's Talk About Love", aquele com "My Heart Will Go On", tema romântico do filme "Titanic", o disco que transformou a cantora numa estrela mundial (a Sony Music havia lançado diferentes edições deste álbum ao redor do mundo). No mesmo ano, a dupla sertaneja brasileira João Paulo & Daniel gravou sua adaptação em português para o álbum "Volume 8", sendo o último grande sucesso da dupla, já que João Paulo morreria em um acidente de carro em setembro desse ano e Daniel seguiria carreira solo.



29- Fricote - Art Popular participação especial de João Paulo & Daniel (gentilmente cedidos pela Warner Music - Div. Continental)
escrita por Leandro Lehart
música incidental: "Tristeza do Jeca", de Angelino de Oliveira
(P) 1997 EMI Music / Universal Music Brasil

A canção é uma empolgante mistura de sertanejo, pagode e axé que entrou para a lista das mais tocadas nas rádios do Brasil.

30-  Conquista - Claudinho e Buchecha*
escrita por Claucirlei Jovêncio de Sousa "Buchecha"
(P) 1996 MCA Music / Universal Music Brasil



Este foi o primeiro grande sucesso da dupla Claudinho (1975-2002) e Buchecha ("Sabe / tchu ru ru / estou louco pra te ver / oh yes") do primeiro álbum lançado em 1996. Quem, a cada vez que tocava essa canção em qualquer festa, nunca sentia vontade de copiar aquela coreografia icônica e inusitada do Claudinho na qual o cantor estende o braço esquerdo à frente e sacode a cabeça com a mão direita cobrindo a boca? 😂

31- Quero te Encontrar - Claudinho e Buchecha
escrita por Claucirlei Jovêncio de Sousa "Buchecha"
(P) 1997 MCA Music / Universal Music Brasil

Beneficiada pelo seu primeiro grande sucesso, "Conquista" (ou, como dizia um conhecido meu,  "tururu"  😁😁😁), a dupla de São Gonçalo, Rio de Janeiro, segue nas paradas com esse hit incluído no segundo álbum, "A Forma", que é um funk melody influenciado no charme americano.

32- "As Dores do Mundo" - J. Quest (Jota Quest)*
escrita por Hyldon
33- "Encontrar Alguém"*
escrita por Rogério Flausino e Marco Túlio Lara
(P) 1996 Chaos Records / Sony Music Entertainment Brasil



Ambas as músicas fazem parte do primeiro álbum da banda mineira Jota Quest, na época atendida como J. Quest. O nome teve como inspiração o desenho animado "Jonny Quest", ainda que nenhum dos integrantes fosse fã desse desenho. Para não serem processados por Hanna-Barbera, a empresa cartunista dona do "Jonny Quest", o grupo teve de mudar o nome da banda. Existe também uma outra versão dessa mudança que veio através da amizade do grupo com Tim Maia, de quem gravou "Enquanto É Tempo" e quem apelidou a banda liderada por Rogério Flausino de "Jota Quest". Influenciado na black music (soul, funk e disco) e acid jazz, ambos da década de 1970, o álbum teve como seus principais sucessos "Encontrar Alguém" e a regravação de "As Dores do Mundo" de Hyldon, que, a princípio, tiveram seu êxito restritamente na cidade de origem de Jota Quest, Belo Horizonte, Minas Gerais, até que no dia 11 de janeiro de 1997, Flausino e Cia. foram convidados para se apresentarem no extinto programa "Xuxa Hits" apresentado pela Xuxa na Rede Globo (clique aqui). Foi a primeira apresentação de Jota Quest, na época J. Quest, em TV aberta.

34- Cerveja - Leandro & Leonardo
Escrita por César Augusto e César Rossini
(P) 1997 Chantecler / Warner Music (Divisão Continental)
No mesmo ano em que nasceu a cantora americana Rebecca Black, conhecida pelo seu primeiro e único sucesso (sucesso? ) "Friday" e bem antes de Katheryn Elizabeth Hudson ser famosa com pseudônimo de Katy Perry e lançar o hit "Last Friday Night (T.G.I.F.)", Leandro & Leonardo divulgaram, digamos, um hino para uma sexta-feira bem animada: "Cerveja" 🍺 que, na verdade, foi gravado originalmente em 1994 pelos próprios compositores, César Augusto e César Rossini (1950-1995) que formavam a dupla sertaneja César & César. A canção fala de uma pessoa que, cansada do estresse do trabalho diário, diverte-se em um bar numa sexta-feira à noite. A primeira vez que eu ouvi a música na voz de Leandro & Leonardo foi quando eu a família fomos ao show deles aqui em Itajaí (SC) na Festa do Colono no último domingo de julho e último dia do evento, pouco antes de "Cerveja" bombar nas rádios. No mesmo ano, a canção foi parodiada como jingle para a propaganda da cervejaria Bavária na qual reuniam três duplas sertanejas: os amigos Chitãozinho & Xororó, Zezé di Camargo & Luciano e, é claro, Leandro & Leonardo.



As duplas sertanejas reunidas em propaganda de uma cervejaria. ♫Bavária, Bavária, Bavária, Bavária, Bavária! Bavááária!♫



Um brinde a 1997! 🍹

Veja também:
Como o tempo passa rápido! Músicas brasileiras que completaram 20 anos em 2016
http://jotadejeane.blogspot.com.br/2016/07/como-o-tempo-passa-rapido-musicas.html

Como o tempo passa rápido! Músicas brasileiras que completaram 20 anos em 2015
http://jotadejeane.blogspot.com.br/2015/04/como-o-tempo-passa-40-musicas.html

Festa de Lançamento do "Clube do Samba" (Fantástico, 1979)

"Meninos da Mangueira" - Ataulpho Jr. e Diogo Nogueira no programa "Samba da Gamboa" na TV Brasil